quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

"Enlaçando os braços em volta do joelho,

olhou para o lago se movendo quase imperceptivelmente com o vendo ouvindo o som da cadeira de balanço indo para frente e para trás.
"A vida nos coloca em situações que nos forçam a crescer, pequena." - disse ele por fim. Era verdade. Os últimos meses haviam sido uma sequencia de perdas e problemas que ela nunca imaginou, se perguntava diariamente se as coisas poderiam piorar.
Sempre pode.
Aprender a conviver com a dor foi uma coisa aprendida cedo, nem percebia mais quando fazia isso. Sabia que era muito forte, mas as vezes a ignorância é uma benção.
"Não quero ter que ser forte" - já disse milhões de vezes. Quem se importa?
Tudo dá errado em um momento, e em outro tudo se põe nu lugar. Até que tudo comece a dar errado outra vez e de novo melhore. É um ciclo tedioso sem fim.
É difícil aceitar que em momentos da vida a unica coisa que você pode fazer e tentar mudar sua visão e se adaptar ao que acontece, procurando um jeito de descansar de tudo antes de enlouquecer.
Olhou em volta.
Tinha se esquecido como era o cheiro da grama, o som dos pássaros, o latido de Jimmy, e o cheiro da fumaça do cachimbo do seu avô. Deitou-se, encarando o teto.
Ouvindo a cadeira de balanço indo para frente e para trás..."

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